A 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Joaçaba denunciou nesta semana os acusados pelos homicídios de Reginaldo Giovani Tonet e Marisa Mergener, que foram atocaiados e assassinados a tiros no interior da casa após retornarem da festa de Réveillon na madrugada de 1º de janeiro, em Treze Tílias. A Justiça já recebeu a denúncia e ambos se tornaram réus em uma ação penal.
As investigações apontaram para um crime de âmbito familiar, motivado por desavenças relacionadas a herança. A irmã do empresário teria arquitetado a morte do casal, e que seu companheiro participado do planejamento e executado os homicídios com uma pistola de uso restrito.
Foto: Suspeitos foram presos no dia 7 de janeiro |
O objetivo do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) é que eles sejam julgados e condenados pelo Tribunal do Júri e que a relação parental com as vítimas e a forma como o crime foi cometido pesem no cálculo das penas.
A denúncia, assinada pela Promotora de Justiça Francieli Fiorin, narra que "um prestou apoio moral e material ao outro em todo o percurso do crime, seja durante os atos de planejamento, na execução e após a consumação, com combinação de versões, ocultação e eliminação de vestígios, buscando desviar e dificultar a investigação policial e garantir a impunidade de suas ações".
Quatro qualificadoras são citadas nas duas mortes: motivo torpe, afinal os homicídios teriam sido motivados por desacertos envolvendo bens; emboscada, pois o réu teria esperado as vítimas com uma pistola nos arredores da casa e as atacado desprevenidas; meio cruel, pois o réu teria fragilizado o casal, perseguindo-o pelos cômodos e fazendo disparos de forma intervalada para prolongar o sofrimento; e uso de arma de fogo restrita.
O MPSC pede, ainda, que o feminicídio seja reconhecido, pois a cunhada teria sido morta no âmbito da violência doméstica e familiar, devido a relação parental com os réus - cunhada de uma e concunhada do outro.
A denúncia também inclui o crime de porte ilegal de arma de fogo, afinal, após o homicídio, o executor fugiu e ocultou a pistola, e a arma não foi localizada.
O crime
O casal, de 41 e 42 anos, foi morto no bairro Jardim das Flores, quando retornava para casa, após participar dos festejos da virada do ano.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, Reginaldo foi alvejado com um disparo de uma pistola calibre .9mm ao sair do carro. Ele chegou a entrar na residência para se esquivar, mas foi novamente atingido com outros dois tiros. Já Marisa foi alvejada na sala, com um disparo na cabeça.
Vizinhos chagaram a ouvir os disparos, mas confundiram com fogos de artifícios. O crime só foi descoberto quando amanheceu o dia, quando foi avistado sangue na porta da casa das vítimas
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Fonte: Caco da Rosa
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