As recentes chuvas intensas que atingiram Campos Novos nas últimas semanas têm gerado preocupação entre os agricultores da região. Com precipitações na ordem dos 160 milímetros, chegando até 180 mm em determinadas áreas, os impactos foram sentidos de maneira significativa, especialmente em locais de declive acentuado.
Para entender melhor os efeitos dessas chuvas no setor agrícola, conversamos com Eduardo Manfroi Anacleto, engenheiro agrônomo, que tua na Coopercampos, e falou sobre a situação atual.
Apesar da quantidade expressiva de chuvas, o engenheiro afirma que os impactos não foram tão significativos. “Embora as chuvas tenham causado alguns pontos de erosão, esses danos não foram tão acentuados quanto se poderia esperar. As culturas de inverno, como a aveia recentemente semeada, foram prejudicadas, resultando em perdas e falhas na lavoura. No entanto, em áreas onde a cobertura do solo estava presente e o manejo adequado foi realizado antecipadamente, os efeitos da erosão foram mitigados”, destacou.
Uma das principais preocupações é com a cultura da soja. Estima-se que cerca de 5% da área agrícola de Campos Novos ainda precisava ser colhida quando as chuvas intensas ocorreram. Isso resultou em perdas de qualidade tanto nos grãos quanto nas sementes, afetando o rendimento e a qualidade do produto final. Anacleto ressalta que, embora a maioria das áreas destinadas à produção de sementes tenha sido afetada, a perda não foi significativa para todos os produtores.
Os produtores rurais dizem que a agricultura é uma indústria a céu aberto, e o engenheiro corrobora a afirmação, quando destaca que é preciso aprender a lidar com os desafios que podem surgir diante das intempéries climáticas. Por exemplo, nos primeiros meses de 2024, o clima já enfrentou altas temperaturas, com poucas chuvas e hoje enfrenta um clima frio com chuvas intensas. Diante disso, Anacleto, destaca a importância de medidas preventivas para lidar com os desafios climáticos.
Anacleto enfatiza a importância de melhorar a qualidade física do solo. “Solos com boa capacidade de infiltração e retenção de água são essenciais para enfrentar tanto períodos de estiagem quanto de excesso de chuva. Investir na qualidade física, química e biológica do solo é fundamental para garantir a resiliência das atividades agrícolas diante das adversidades climáticas”, explica.
No entanto, Anacleto reconhece que essas medidas representam desafios tanto para pequenos quanto para grandes produtores, exigindo um preparo e uma adaptação constantes diante das condições climáticas cada vez mais imprevisíveis.
Com a previsão de mais chuvas intensas, os agricultores de Campos Novos enfrentam o desafio de mitigar os impactos e garantir a sustentabilidade de suas operações. A busca por soluções inovadoras e práticas sustentáveis se torna cada vez mais urgente em um cenário marcado pela volatilidade do clima.
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Fonte: Éder Luiz
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